Ouvi em um tempo não muito distante e como uma imposição necessária e visionária que: “não se deve confundir trabalho com a vida”. Para mim essa e uma afirmação não-válida. Minha vida/trabalho/arte são as próprias essência de viver. As pessoas que pensam separar a vida de seus trabalhos estão, a meu ver, fortemente equivocadas. Sua vida acontece em qualquer lugar, no trabalho ou no lazer. Agora que seu trabalho for um peso, ou deixe que isso te esmague ou abandone.
Publicado por Ywira Ka'i
Ywira K'ai é o nome tupi que recebi no Quilombo Rampa, que evoca uma Árvore de cura.
Nasci em São Luís/MA e traçei na arte os caminhos para me amocambar e fugir da mira fatídica (da polícia ou das facções) que o/a capital pré-destina quem nasce pobre nas periferias do país. Multiartísta trabalho em diversos campos, integrando no contexto da vida e dos encontros. Cazumba e fazedor de caretas. Professor de Arte por formação. Pai de Sawè. Comunicador da TV Comunidades.
Atualmente moro da zona rural com descendentes do povo Tupinambá e busco ativar memórias coletivas e saberes/fazeres ancestrais através de objetos e diálogos com os anciões da terra e do mar deste lugar.
Diante da pandemia da COVID-19, me movimentei em práticas artesanais para expandir as possibilidades de criação, re-existir e bem-viver. Neste período co-criei a performance visual "adubo para uma árvore" com Yaku Runa Simi (artista indígena caminhante), a animação "tambor satélite", a performance "o abate", as dramaturgias visuais "tradição" e "já sangrou hoje?" com Brena Maria (atriz e dramaturga).
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