O Besouro e o Homem tão tão grande

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Havia um pequeno besouro que procurava em um mundo alguém que fosse tão grande, tão grande que um dia andando pelo mundo verde encontrou um homem, um homem branco de cara preta. Um nutriu pelo outro um carinho que não se sabe se de todo, cheio de ternura ou de pavor.
Os dois brincavam de esconde-esconde entre os capins verdinhos que refletiam os raios de sol. Quando o homem tão grande o encontrava, novamente o besouro tratava de caminhar o mais rápido que conseguia e nos espaços entre as plantas e os matos se escondia e mais uma vez a brincadeira começava.
O homem e o besouro nutriam uma relação de carinho que não se entendia tão bem, mais não importava em nada pra eles o que os outros pensavam, se era ternura ou se era pavor, só inportava a eles: o besouro e o homem tão tão grande.

Foto singular de Carol Libério
Homem tão tão grande Layo Bulhão
Conto gentilmente escrito por Didam Hou

O pensamento como matéria: saco dentro de sacos

Todo conceito (reticências), abre-se dentro de um buraco que se fecha, alegoricamente, um saco. A imagem projetada deste ambiente físico-imaterial realça a identidade de um corpo que se aproxima da catástrofe, um fim iminente e que expresso de outra forma, nos invade as sensações de agonia e de catatonia, império performático de um corpo ausente. Este estado performativo, da mente e não somente do corpo em causa ou nu, redimensiona as possibilidades do pensamento intrínseco ao objeto abjeto. Toda relação casual é necessária, escroto, morte, bloqueio, segurança, transporte, violência, lixo, necessidade, valor, uso, descartabilidade, inutilidade, reaproveitamento, não-comestível, degradação, oco, vazio, sem ar, colado, silencioso, ausência… este estado saco, propõe um olhar funeral ao homem contemporâneo, ou mesmo um retorno ao instintos maternais e de autogestão da matéria e do pensamento.
Segunda pele, plastificação do homem, banalização da carne racional, podrificação da racionalidade, isto é, um descarte do corpo para que a mente perca suas dívidas e a apropriação do presente seja manifesta.
A presença do outro (um público sem saber de si como público), desterritorializa a vida, um caos animalizado, uma imagem desumanizada do ser-mente e ser corpo, condição politica pré-arte que inviabiliza a moralização ética, econômica, estética, racional. Essa condição de inutilidade do humano demonstra, de certa forma, coisificação da racionalidade superior do mesmo. O inútil é descartado. Um corpo em descarte.
O que impele o corpo ao lixo e mesmo que sem razão, o atrofia no espaço de si mesmo sem a negação ou estima da existência? Ou então, de que forma projetar a subjetividade individual e manifesta-se no espaço, dentro de um outro estado de subjetivação social, cuja potencia desmaterializa o estado arte, o estado politico, o estado ação, o manifesto?  Estamos todos dentro de um saco, uns mais visíveis e outros menos temporais/materiais.  Estamos envoltos de varias camadas de “plásticos” e mesmo quando entendemos estar dentro de um – não há saída.
De que forma aquele corpo saco altera aquele que vê e/ou aquele que faz?

A referência borrada de si ou sobre pensamento profanado.

Sempre fico me perguntando sobre a logica de citação por citação, isto é, em ou qual logica isso se dá. Me pego citando, mas o que me incomoda na verdade é obrigatoriedade acadêmica de se fazer tal ação.
Não somos obrigados a saber quem disse primeiro, “o segundo é a mulher do padre”. Às vezes isso de dizer quem falou, escreveu algo, está relacionado a um pensamento posterior, ou seja, sobre um aprofundamento de um pensamento, que não é um pensamento anterior, mas como um pensamento como dispositivo, Agamben/Foucalt, que provoque algo além. Na arte ou para a arte, ainda menos nesta lógica. Menos lógica a tudo, na verdade.
Não há um porto seguro e tranquilo para pousar-se no pensar, nada está claro, nem escuro, nem sobre a ideia de vermos todas as cores presentes no universo ou mesmo a nossa volta. Deleuze sugere ao pensamento de Foucault a seguinte frase: “a lógica do pensamento não é um sistema racional em equilíbrio”.
Estamos em eterna suspensão, mesmo num passo após o outro.
Ao participar do/a Batucada, processo de criação de pensamento, ação, arte, micro políticas, intimidade, conflito, manifestação, percepção, pude me aprofundar este tipo de relação/citação/aprofundamento, sugerido anteriormente.  Marcelo Evelin, propõe uma orientação simples: ser o outro.
Mas que divagação inefável, eis a resposta rasa de um pensamento.
É neste sentido que reforço aqui a projeção que Foucault fizera. Marcelo em nenhum momento de todo o processo da por respondido o pensamento proposto a motes racionais. Foram 13 dias de extremos conflitos entre 42 pessoas ou com Marcelo ou consigo mesmo.
Diversas respostas, mas nenhuma correta, não é essa a busca. Quanto mais parecíamos estar chegando a algum tipo de acordo coletivo ou individual ou de dramaturgia, mais ainda o pensamento “do sobre” era questionado/explorado/explodido/fragmentado/desorientado. Um ponto de aprofundamento que se da na loucura ou na catarse iminente/emergente.
O aprofundamento vem não somente pelas suas questões respondidas, mas pelas questões não respondidas pelos outros, complexificadas na inutilidade, no caos e, tomadas para si. E  mesmo estas, cada uma após suas aparentes resoluções, devem ser guilhotinadas ou postas em xeque e de xeque em xeque, como dois reis e um cavalo, que mesmo em sua desistência ou afogamento deverá ser profanado.
Há uma referência borrada de si mesmo, cada rosto oculto, sem expressão aparente, propõe uma falsa ilusão de iguais, mas para Marcelo, este é o lugar do comum. No entanto gerar o comum a outrem desconhecido, não é como dizer: isto é água. Não aceitamos a ideia de ter parte do outro, desejamos o diferencial, o autêntico, o inovador, o protagonismo. Como esperar a necessidade comum sem propor algo? Como ser o idiota do outro e seguir sem imitar? Estar, não estar, podendo por ventura estar em não estar ao mesmo tempo e em mais de um lugar. Não estar em nenhum, não ser, sendo.
Perceber o outro como extensão de si, nos provoca uma corrente cadencial para uma logica necessária a um tipo de pensamento que deve ser profanado, antropofagonizado, mesmo que o olhar de um bêbado nos diga muito. Este comum talvez nos deixe menos corruptos de si. Corruptos no sentido de não sabotar-se ou saquear-se do presente, em sentidos, logicas de pensamentos e abstrações da própria realidade.

Referência
DELEUZE, Gilles. Conversações. Tradução Peter Pàl Perbart – Rio de Janeiro: Ed 34, 1992 (Coleção TRANS).
Batucada – Núcleo do Dirceu, Teresina/PI.
AGAMBEM, Giorgio. O que é contemporâneo? E outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó, SC: Argos, 2009.

“arte é uma gue…

“arte é uma guerra inconstante, principalmente pra dentro de si”

(Layo Bulhão)

Arte Contemporânea no Maranhão

Há de se convir que a arte no Maranhão é conhecida principalmente pela grande efervescência da cultura popular, bumba-boi, cacuriá, tambor de crioula, Dança do lelê, entre outras, isso não quer dizer que a produção artística seja resumida somente a essas formas de expressão. Podemos perceber com isso que a força da tradição ainda supera as produção de arte contemporaneidade, mas isso é ruim? Embora se evidencie a produção mais popular da arte isso não quer dizer que não há uma produção diferenciada dentro do estado e embora se pense num atraso artístico, prefiro acreditar que esse tipo de afirmação é um tanto equivocada e carregada de pré-conceitos de uma cultura dominante.

Alguns artistas tem se destacado por sua linguagem singular e por suas potentes formas de expressão e inserção dentro do cenário nacional e internacional, mas pouco evidenciados dentro da cultura local. Artistas estes, que tem explorado variadas vertentes artísticas, tais como dança,  instalação, pintura, fotografia, performance, vídeo arte, videodança. Mas onde estão estes artistas? Logo, surge essa pergunta e a respostas surge como uma outra pergunta, mas retórica: que tipo de arte estamos buscando e onde? Acredito poderíamos também substituir essa pergunta por: onde estão os críticos e curadores da obra de arte maranhense? Não há críticos e com isso não se sabe o que se produz; não há curadores, pois não há espaços para a intervenção e pesquisa do artista e; quais as pesquisas acadêmicas e onde encontrar as que foram feitas, se foram. Com isso os poucos artista que produzem, acabam por produzirem a margem, fora do estado ou com recursos próprios oriundos de outros tipos de trabalho.

Dentre estes artistas que produzem dentro do estado podemos citar por sua estética não tradicional ou convencional apropriação de outros espaços para criação de suas obras: Marília de Laroche (fotografia, arte urbana, performance), Erivelto Viana (performance, dança), Raurício Barbosa (body art), Marcio Vasconcelos (fotografia, performance), Thiago Martins de Melo (pintura, performance), Gê Viana (arte urbana, performance), João Almeida (tipografia artística, artes visuais), Efeito Colateral e Furta Tinta (coletivos de grafite), Porcolitos (intervenções urbanas), Bruno Azevedo (escritor), Celso Borges (poesia), Tairo Lisboa (filme experimental), Wilka Barros (performance fotográfica), Uimar Junior (performance), Ton Bezerra (performance, pintura),  Maria Zeferina (Arte Urbana),  Tieta Macau (Dança, performance), Kenny Oliveira (arte não especificada), Diones Caldas (vídeo arte), Lucian Rosa (cinema), BemDito Coletivo (performance, Intervenções urbanas, dança).

As únicas mostras de arte do Estado são: Semana de Dança e a Semana do Teatro, mas que possuem critérios muito específicos de aceitação e seleção dos trabalhos “nada que não entenda no ato em que vejo poderá entrar”, recorte de pensamento próprio. Outra importante mostra, mas essa realizada a partir de iniciativa não governamental é o Conexão Dança que neste ano está em seu sexto ano de execução que propõe outro olhar sobre a dança contemporânea e performance, mas e as outras artes onde podemos fruir o que está além das pinturas de faixadas de casarões e barquinhos ao por do sol?

Neste contexto o Festival de Arte Contemporânea/MA, tem se proposto desde o ano passado a explorar estes tipos de questionamentos e a dar visibilidade ao artistas que produzem obras que  não são aceitas em mostras de teatro, dança e artes visuais do Estado, assim como de outros. Propondo além das apresentações, exposições e demonstrações de processos, a discursão de temas relevantes para o campo artístico, palestras, rodas de conversas, ou seja, o pensamento crítico para o artista e para o público.

“com que língua você fala”. É uma pergunta? mas onde está a interrogação? O artista na contemporaneidade propõe, quase sempre em sua obra, a mesma sensação que esta pergunta sem “?” nos causa, desconforto, inquietação,  reflexão e acima disto, nos força a participar diretamente da obra e não somente estar num lugar de conforto e comodidade, onde somente me alimento do que vejo, escuto, sinto e não tenho nenhuma necessidade de pensar ou realizar o que podemos chamar de feedback, retorno para ao obra, o outro ou meu redor ou para o artista.  Portanto, o FAC, surge como a ponta refeita de um lápis, para continuar a escrever nas mais diversas línguas da arte, possibilitando o convívio harmônico entre as expressões artísticas contemporâneas e as tradicionais. 

Oficina de Pensamento com Marcelo Evelin

como nos colocamos em algumas ideias mesmo que fragmentadas… necessário ou não queremos interagir com isso….

como pensar a oficina de pensamento?

trabalhos em processos e formas de apresentar isso…

o que vem antes do trabalhos…. seu posicionamento sobre o seu trabalho…. estar ou não estar… exercitar um posicionamento…

posição do artista, posição do público….

qual a base de estar junto? tem que ser artística.

prática e pensamento junto…

automatismo? Até que ponto vou estar envolvido de outras formas no meu trabalho?

Coabitar

Com o advento de um novo estado (condição) de viver em sociedade, que não mais dividida por territorialidade, isto é, quando se pode ou não acessar ao tecnoglobo. O homem contemporâneo avança a cada novo bit e em frações de segundos podemos ter quase que palpável a informações de todo o mundo. Contudo esse fator que nos move e move o mundo atual pode ser visto como uma extensão do corpo humano, como uma prótese, um hardware que se habilita cada dia mais para uma fusão completa ao homem e isso em estado literal. Chips implantados no cérebro humano podem ajudar a pessoas a retomarem o controle sobre membros paralisados, ou mesmo a audição para quem nunca ouviu. A humanidade esta se adaptando a um novo modo de viver tecnocentrista em que o social é virtual e o não virtual somente se concebe com a necessidade. As informações de papel como livros, jornais, revistas, cartas toda e qualquer forma de se comunicar estão cada vez mais virtualizadas e quem não se adapta acaba se tornando um mero leigo espectador de uma tecnologia que se renova a cada novo dia.

Esta prótese contemporânea é inviolável. As sociedades tecnológicas estão cada vez mais submissas. Atualmente quando escuto alguém falar em violação do espaço, penso em que espaço do outro espaço é esse? Somente imagem de um corpo que co-habita com o espaço, como um objeto, como um objeto que coexiste.

Shana que se supera, Shana que escreve, Shana que sonha, Shana e a ciência do Justo, Shana em chamas.

    Talvez tenha entendido somente nesta ultima visita artística do 1000 casas o que realmente isso significa. Não é somente invadir e apresentar; não é somente levar sua resposta; não é somente dar uma significado dominante sobre as ações que fazemos; não é somente registar; não é somente transitar sobre uma ideia de performatividade. 1000 casas é dar e receber possibilidades de sonhar e mais do que isso, de realizações. O artista sai de sua casa na direção de outra casa e tem que levar consigo um pensamento aberto e um olhar a purado para se adaptar e filtrar seus proprios desejos para fazer sua ação. Performar na casa tem um carater social e por causa disso o fazer artístico tem que fazer uma troca com o anfitrião. As barreira que separam o artista, a arte e o público são rompidas e são geradas com isso possibilidades de ganhar amigos, mas que público.


A fotografia na casa e por causa de Shana de Sousa passeou por diversas sensações que puderam interagir de forma de forma significativa no registro. Desde o instante em que chegamos na casa do Wilson, ou melhor Shana, fomos recepcionados com muita alegria e pra minha surpresa além de uma grande artísta piauiense e com um carisma sem igual, ele possuia ou melhor mandou construir com recursos prórios um teatro em sua casa. Seu teatro ainda esta com um palco simples e com paredes sem rebouco, mas quando ele fala em seus projetos todos são transportados a um teatro dos mais belos e talvez nunca visto, pois este é feito da materia que contitui um grande sonho. Enquanto registrava a ação “catatônicas” diante de tudo, lagrimas rolavam sem nem perceber não sei de mim ou se da câmera.
Para Shana a emoção era tamanha, talvez aquela tenha sido a primeira apresentação e com público (seus amigos e vizinhos) em seu teatro de sonhos. O registro visual que fizemos quiçá deve conter um terço sensitivo do que a própria Shana fez,onde tirava fotos e fazia videos passeando pelo palco, público e também registrando nós que registravamos, sua alegria pode ser vista em casa foto, em cada segundo de vídeo e provávelmente em cada instante em que está em seu teatro. Podemos pensar 1000 casas como sendo literalmente1000 teatros de sonhos, possiveis.

Entendendo o que pode ser artísta objeto

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informação, pensamento, artista objeto, artista e objeto, objeto da arte, performatividade, a forma com que as informações são impostas sobre as pessoas mundo e o ciclo de informaços falsas compreenção do artista como o próprio conceito do ele esta fazendo performando. A intenção do artista esta em questionar interagir, dissimular, transformar, por o dedo nas ferida da sociedade, por o dedo nas ferida do ouvinte que interage com a obra sempre, se nao há interação não há cambios de estado e se o artista se propõe a ter instantes tenues de sua performatividade rachados ou pelo menos jogando pedras nos pilares que estabilizam as pessoas, por que não fazê-lo então? o objetivo do artista esta em expressar que pode nem ser tao claro para ele, no entanto essa expressao deve de alguma forma alcançar o pensamento da pessoa que o vê e consequente do proprio artista. Arte tem, ou ja teve seu carater informativo, todavia nao deve permanecer nesse sistema o tempo todo. o ciclo de vida da arte gira e sua forma (desforma) deve ir como bola de neve que cai de uma montanha cresce agrega e modifica o espaço percorido. A arte é egogentrica e sempre fala de si, mesmo quando o não quer ou se pensa nisso. A arte deve ser um grito que se constroi ou se destroi enquanto se faz, não há como prever resultados, somente intensões de fins que podem viver ou morrer de pessoas por pessoa ao ver a obra sendo executada, nem mesmo uma pintura, dita pronta, pode ser definida (quiça suposta paisagem), a imaginação, os contextos históricos de quando a obra foi feita e o atual, a historico social de cada individuo, o que rola na internet, tudo influencia na forma de ver, de pensar de se questionar sobre o que esta acontecendo.
Bola, planeta, globalizaçao.
O artista nao deve se fechar e pensar em que o que ele faz “é”. Contato, conexão, desturbio, turbulência, aprendi que tudo se relaciona e como nao pensar em arte viva, artista objeto da arte e nao o inverso, o artista nao impõe, mas interage consigo, com o outro e com a resposta da explosão que isso causa no espaço e na obra em si e em quem e como se vê, enbora ver seja ainda fraco demais; interator, fruidor sei lá, algo por ai.
Quero entender o que poderia ser artista objeto, mas definir o que seria esse artista objeto em palavras exatas seria uma tanto arte forma de responder, metalinguagem.
Artistas frustrados, artistas jovens, ansiões da arte, artista bacante, artista de rua, artista contemporaneo, o que o artista pensa o que o motiva a fazer arte e ainda mais em uma país como o Brasil?
O pensamento do artista esta em cada olhar ou fechar de olhos que o presencia.

Censurar arte, mais velho que “do tempo em que minha bisavó dançava rock”

Catatônico nem acredito direito se isso é verdade. Censurar arte por ignorância, quer dizer nudez. Isso é tão tolo que chego a pensar que quem fez isso ou tem vermes no lugar de miolos ou tem serios problemas sexuais de autoestima. Quem vai entender a cabeça de alguém assim – proponho um ufologo ou um arqueologo!
Corram todos peguem seu papeis e canetas e comecem a escrever seus pedidos para o Papai Noel, pois se ainda existe censura assim com certeza posso afirmar que ele esta por vir.  Aqui na Holanda hoje está friu pra caralho, mas por incrivel que pareça se alguém me disser que está mais friu em Teresina e mais especifico ainda Núcleo do Dirceu, vou acreditar sem pensar muito. 
Como acreditar que tem pessoas (provavelmente envolvidas com a arte) que veem a arte assim pelo Piauí, entre aspas e vespas.
Nem sei que verbos utilizar grunir cuspir cortar matar punir cagar tapar vendar sujar mijar pular cantar dançar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar cacatônizar…
Ah… e se minha Bisavó dancava rock eu nao sei, só sei que se ela dançasse hoje com certeza dançaria como no “mono” nua em todos os lugares, exceto onde estiverem os letreiros em neon “não há lugar pra expressão”.
mas será que é vergonhoso para quem censurou, para o censurado ou para quem nem pode dizer o que pode ou nao ver?
e como aprendi com amigos italianos VAFFANCULO censuradores!

silêncio

O eco da palavra

Retorna como ego

O ego retorna eco

O eco retorna cego

O cego come o ego

O ego come o eco

O eco come o silêncio

O silêncio come tudo.

nunca espere

Nunca espere:

 

política

beleza

idéias

 

Vire árvore.

100 VEZES TENTEI LEVANTAR DA CAMA


100 Vezes Tentei Levantar da Cama é fruto de um processos de investigação híbrida no Coletivo de Arte Os BemDitos. Gerada a partir da pesquisa do corpo em contato com o conteúdo do livro Metamorfose de Franz Kafka, o intérprete-criador  se apodera da essência do livro para traçar uma linha tênue-verossímil entre a ficção e a real metamorfose do homem contemporâneo com suas tecnologias, ciências, ausência de tempo para relacionamentos presenciais, massificação da cultura e a própria metamorfose da arte.

A concepção dramaturgica de 100 Vezes Tentei Levantar da Cama, teve como base a pesquisa teorica sobre as metamorfoses contemporaneas e o quanto elas estão presentes em nossas vidas. Após serem  levantado diversos questionamentos a cerca do assunto, deu-se inicio a pesquisa e exprementação no corpo. Estruturada na obra Metamorfose de Franz Kafka, 100 Vezes Tentei Levantar da Cama tece uma linha tenue nos contatos obra/artista e ficção/realidade que traçaram os caminhos da composição desta obra.

1. Quem sou eu? 2 Quem é o outro? 3 O que tem se tornado a sociedade? 4 Porque só consigo olhar para mim? 5 Quem são meus influenciadores? 6 O que tenho feito? 7 O que o mundo tem se tornado? 8 Onde estão os filósofos? 9 O que eu realmente gosto? 10 Quem sou eu virtualmente? 11 Quem são meus pais virtualmente? 12 Quem eu amo? 13 O que Deus se tornou? 14 O que o Corel Draw fez pra mim? 15 Qual meu endereço? 16 O que meu time de futebol faz na minha vida? 17 O que meu diretor quer?18 O que a TV quer de mim? 19 O que cada mulher que eu namoro quer que eu faça? 20 O que minha poesia me acrescenta?21 Porque as músicas que menos gosto são as que eu decoro mais rápido? 22 Será se o presidente do país é uma mulher? 23 O que é a arte? 24 Quem somos nós? 25 O que é ser um animal? 26 Quem sou eu com dinheiro? 27 O que eu tenho de diferente verme? 28 aonde termina o quarto? 29 Porque não está “nada tudo bem”? 30 porque ninguém me abraçou hoje? 31 porque ninguém me disse eu te amo? 32 porque ninguém olha nos meus olhos? 33 porque não quero sair? 34 Porque não posso voar? 35 porque não consigo levantar? 36 será que eu não quero levantar? Qual o problema de ficar deitado? Será o medo que deixo crescer desde o dia que quase me mato? Estou fazendo isso para quem? Porque eu não morro agora? Porque não acabo com muitos problemas de uma vez?Onde ficou aquela criança que gostaria de ser medico? Será que estou mesmo neste quarto?

será que você ja fez o teste que Einsten criou? Porque nenhuma mulher vem se oferecer na minha porta? Onde está Jesus que não chega? Será que a Dilma vai dar certo? Essa é a geração do futuro? Essa é a geração que morre no passado? O que mais falta aprender? Será que o Pelé fez mesmo mil gols? Quando o BOP vai fazer pacificação no palácio e prender os bandidos? Eu já amei mesmo alguém? O que é o amor? O amor só existe depois do sexo? Não existiria sexo sem o amor? O sexo é suficiente para trazer felicidade? Por que as pessoas não conseguem amar todo dia? Porque tenho tão poucos seguidores no Twitter? Qual o problema de ser triste? Porque todos querem ser felizes? O que a felicidade traz para a vida? Porque só existe felicidade depois que se acorda? Será que o youtobe tem a resposta para ser triste e ninguém se preocupar? O Google tem a resposta pra tudo? O que eu to fazendo aqui? eu já me perguntei isso? Porque você deu levemente uma olhada para o começo do texto? Você se importa com isso? Você se importa comigo? Você esta pensando na resposta agora? Porque é tão difícil ser livre? Porque tanta gente compara liberdade com responsabilidade? O que Renato russo quis dizer com liberdade é ter coragem? O Gregor vira mesmo uma barata? Porque alguém tão sábio como Kafka se suicida? Porque tanta pergunta? E porque eu parei de escrever os números antes da perguntas? Será que já tem 100 perguntas? Porque que tem que ser 100 perguntas? Será que você vai conferir no final para ver se tem? Porque você continua lendo? Onde estará a pessoa que escreveu essas perguntas? Será que você leu tudo até o final? será que este é o final mesmo?

Urias de OLiveira

Se há alguém que conheço que possa ser chamado de mestre é o ator e diretor teatral Uria de Oliveira, que é acima de tudo um homem de caráter exemplar que busca no seu cotidiano as sensações que o levam a conhecer a si mesmo na busca do outro e da mais primorosa arte e quando digo primorosa me refiro tanto no que se relaciona a Obra prima ou a primitividade, isto é, a busca de uma arte de valor único. Sua gama de experiências, nacionais e Intenacionais fazem dele além de um profissional excelente, um bálsamo de sabedoria preparado pra ser derramado a qualquer instante.

Sua busca por um teatro que seja uma conexão Psicofísica entre ator, espírito e platéia fazem com que suas peças tenham além de uma repercussão presencial um estado de questionamento pós apresentação.

Sem sobras de duvidas este é um dos principais personagens da cultura maranhense. Participar de uma oficina quer seja de um único dia com Urias de Oliveira é como poder perceber se no universo como participante, além de poder questinar-se sobre suas razões de viver.

Pra mim seu ultimo espetáculo que pude ver A Solidão Dom Quixote é uma auto biografia, pois Urias é um Cavaleiro andante no meio de sua imensa sabedoria, conhecimento e criatividade.

Urias de Oliveira - a escrita do deus

“A vida é sacro instrumento, mas se esquece e se agarra a forma, medita em sua essência e aprenda a amar com a rosa” Urias de Oliveira

Coletivo de Arte Os BemDitos

 

Coletivo de Arte Os BemDitos

O Coletivo de Arte Os BemDitos foi fundado em 2008, a partir da necessidade de um grito desesperado e orgânico da arte em São Luís – MA.

“Buscamos uma arte sem rótulos, sem um método único, mas com uma gama de conhecimentos específicos; sem apoio permanente; sem vergonha, de criticar e de mostrar o que só a arte pode dizer; sem medo, de crescer e conhecimento; sem clichês ou pelo menos até quando não necessitamos deles. Somos pessoas que nasceram da Arte e vivem em favor dela”.

O Coletivo de Arte Os BemDitos hoje é composto por Edinaldo Jr (Clonw), Jhonata Soares (profº de português),    Layo Bulhão     (profº de Artes Visuais), Luriana Barros (fotógrafa) e  Thiago Alvessoares  (mestre de karate), que buscam nas suas diferença e histórias de vida, a relação que uni as pessoas na busca pela expressão mais pura do ser humano: uma arte-sem-lei, marginal, transgressora e viva, sempre.
Os BemDitos tem em seu repertório de espetáculos: Ensaio dos retirantes, baseado na história de uma das maiores invasões da América Latina; patativa da inspiração, criado a partir da obra de Patativa do Assaré; “Salve um Suicida”, performance baseada no poeta Mário Quintana; Nosso C.U., espetáculo autoral do grupo baseado nas relações interpessoais e consciência coletiva dos individuas em seus grupos entre outros.

Os BemDitos é um coletivo de apaixonados por arte e que dariam a vida em favor disso.

Nascemos, vivemos e nos eternizaremos através da arte.

Festival Nacional de Teatro de Vitória-ES

Auto do Bumba Boi
O desejo de Catirina (Edinaldo Jr. e Layo Bulhão)
A Chegada de Lampião no Inverno
A Chegada de Lampião no Inverno (Edinaldo Jr. Layo Bulhão e Ktu)

O GAMAR (Grupo de arte Maria Aragão) foi convidado para participar do Festival Nacional de Teatro de Vitória-ES com dois espetáculos: “O Desejo de Catirina” de direção de Wilson Chagas e a “Chegada de Lampião no Inferno” de direção de Layo Bulhão. Representando o Maranhão com êxito no festival, após o termino da primeira apresentação e debate, no SESI do Espírito Santo, muitas pessoas sairam comovidas diante da apresentação e dos relatos de “nascimento” do GAMAR, que antes de tudo é um grupo de transformação social. Revelar a arte como fator essencial de mudança positiva da sociedade, foi a marca deixada em Vitória pelo Gamar e em especial pelo carisma dos atores maranhenses Edinaldo Jr., Rafael “Ktu” Feitosa, Paulo Roberto e de mim para que isso acontecesse.